No cenário atual, a urgência em evitar uma escalada das mudanças climáticas, bem como em mitigar os seus efeitos nunca foi tão evidente. Em resposta a essa necessidade global, muitas empresas estão se comprometendo a alcançar a neutralidade em suas emissões de carbono, conhecida como “net zero”. Esse objetivo não apenas reflete uma postura responsável, mas também é um passo essencial para garantir um futuro mais sustentável.
O conceito net zero nada mais é do que a promoção do equilíbrio entre a quantidade de gases de efeito estufa (GEE) emitidos e a quantidade removida da atmosfera. Essa estabilidade é obtida através da redução das emissões e da compensação das emissões remanescentes com práticas que as sequestram do ar.
Entre as principais estratégias para alcançar o net zero estão os créditos de carbono, que representam a redução de toneladas de dióxido de carbono (CO2) ou seu equivalente em outros GEE que foi efetivamente retirada da atmosfera ou evitada por meio de projetos ambientais específicos, como conservação de florestas e práticas agrícolas sustentáveis.
A aquisição de créditos de carbono, conhecida como uma solução offsetting, permite que as empresas compensem suas próprias emissões investindo em projetos que promovem o sequestro de CO2 da atmosfera, ou deixem de emitir GEE dentro dos limites permitidos por legislação. Esta abordagem é crucial para alcançar a neutralidade em operações onde a redução direta das emissões pode ser complexa ou inviável a curto prazo.
Segundo dados levantados pelo Observatório de Bioeconomia da FGV a partir de informações do Berkeley Carbon Trading Project, da Universidade de Berkeley, projetos privados geraram 3,4 milhões de créditos de carbono no Brasil em 2023. Do total, 41% foram de carbono em florestas e atividades relacionadas ao uso da terra, como iniciativas de Redução de Emissões de Desmatamento e Degradação Florestal e de conservação e manejo sustentável (REDD+). Essa é uma das modalidades de crédito de carbono oferecida pela Reservas Votorantim.
A empresa de soluções baseadas na natureza, integra o mercado de crédito de carbono mundial, desenvolvendo projetos e metodologias com os mais altos níveis técnicos, os quais garantem segurança aos clientes em todo processo, trazendo total integridades aos créditos comercializados. Atualmente, disponibiliza créditos originados a partir da floresta conservada, bem como pela nova metodologia desenvolvida com base na legislação de pagamentos por serviços ambientais, como o REDD+ Cerrado e a PSA Carbonflor.
Além de soluções offsetting, existem as insetting, que visam integrar ações de sustentabilidade diretamente nas operações e na cadeia de valor de uma empresa, que também podem ser adotadas pelas companhias como uma forma de alcançar o net zero.
A Reservas Votorantim, por exemplo, oferece a restauração ecológica como uma alternativa para empresas colocarem nas suas estratégias corporativas o plantio de árvores como uma forma de sequestrar carbono e trazer isso como fator de desconto nos seus inventários de emissões, criando assim, valor e redução aos impactos negativos ao meio ambiente.
A jornada em direção ao net zero é tanto um desafio quanto uma oportunidade para as empresas se posicionarem de forma destacada em uma economia verde em crescimento. Ao reduzir as emissões de gases de efeito estufa ao mínimo possível e compensar qualquer impacto residual através de medidas eficazes, é possível contribuir de maneira significativa para a estabilidade do clima global, promover inovação, eficiência e resiliência em sistemas econômicos e sociais. Desta forma, a construção de um mundo mais verde e sustentável alinhado aos esforços para com os objetivos globais de conservação fica palpável.
*Thayná Agnelli é jornalista formada pela FAPCOM, tem experiência em gestão de redes sociais e é responsável pela criação de conteúdo para a Reservas Votorantim.