Em um cenário global marcado por eventos climáticos extremos e degradação ambiental, a restauração ecológica emerge como uma estratégia essencial para fortalecer a resiliência dos ecossistemas. Além de recuperar a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos, essa abordagem contribui significativamente para mitigar os impactos climáticos e promover o desenvolvimento socioeconômico sustentável.
De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), entre 2015 e 2020, o planeta perdeu, em média, 10 milhões de hectares de florestas por ano. Como alternativa para reverter esse quadro, o órgão destaca que restaurar apenas 15% das áreas degradadas pode evitar até 60% das extinções previstas e contribuir com mais de um terço da mitigação necessária das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE) até 2030.
Apesar dos alertas, os dados mais recentes do laboratório GLAD, da Universidade de Maryland, disponíveis na plataforma Global Forest Watch, do World Resources Institute (WRI), mostram que, somente em 2024, foram perdidos 6,7 milhões de hectares de florestas tropicais primárias. Isso equivale à destruição de 18 campos de futebol por minuto. Essa perda resultou na liberação de 3,1 gigatoneladas de GEE, volume superior às emissões anuais de CO₂ provenientes da queima de combustíveis fósseis na Índia, país na terceira posição de maiores emissores de carbono do mundo

A restauração ecológica vai além da recuperação da vegetação nativa. Trata-se de um processo integrado que busca recuperar a biodiversidade, reestabelecer os ciclos ecológicos e reativar as funções naturais dos ecossistemas. Esses benefícios são fundamentais para aumentar a resiliência ambiental e social diante das mudanças climáticas.
A restauração ecológica desempenha um papel crucial na mitigação das mudanças climáticas. Estimativas indicam que áreas restauradas podem capturar entre 7 e 14 toneladas de dióxido de carbono por hectare ao ano, auxiliando na redução da concentração de GEE na atmosfera.
O Brasil tem avançado de forma expressiva nesta agenda. Segundo dados do Observatório da Restauração e Reflorestamento, as áreas em processo de recuperação cresceram 90% em relação a 2021, ultrapassando 150 mil hectares em 2024. A maior parte dessas iniciativas está concentrada na Mata Atlântica, que representa 77% do total, seguida pelo Cerrado (13%) e pela Amazônia (9,5%).
Esse progresso não se limita aos ganhos ambientais, os impactos econômicos também são relevantes. Conforme o relatório Tornando-se #GeraçãoRestauração: restauração de ecossistemas para pessoas, natureza e clima, do PNUMA, cada dólar investido em restauração pode gerar até 30 dólares em benefícios, abrangendo desde a geração de empregos até o aumento da produtividade agrícola e a redução de prejuízos causados por desastres naturais. No Brasil, por exemplo, a cadeia da restauração gerou mais de 8 mil empregos diretos em 2020, com potencial estimado de criar entre 1 e 2,5 milhões de postos de trabalho à medida que o país avança no cumprimento da meta de restaurar 12 milhões de hectares.

O progresso da frente de restauração ecológica no país também pode ser reconhecido por meio da Coalizão Brasil para o Financiamento da Restauração e da Bioeconomia, lançada em 2024. Com a meta de mobilizar US$ 10 bilhões até 2030 para fomentar ações de conservação florestal e impulsionar a bioeconomia, a proposta da coalizão é acelerar a recuperação de ecossistemas, aliando proteção ambiental a oportunidades econômicas em uma agenda verde e inclusiva.
Esse movimento se alinha diretamente ao Plano de Transformação Ecológica do Brasil, que posiciona a restauração ambiental como um dos pilares do crescimento sustentável. Estimativas apontam que a adoção do plano pode elevar o PIB brasileiro em 0,4% ao ano, ao mesmo tempo em que contribui para a retirada de carbono da atmosfera..
Somadas às iniciativas já em curso, essas estratégias demonstram como a transição ecológica pode gerar valor econômico, inclusão social e resiliência climática de forma integrada.
Empresas e a restauração ecológica
Ao investir em projetos de restauração ecológica, as empresas não apenas cumprem obrigações socioambientais, mas também fortalecem a resiliência de suas cadeias produtivas e geram valor econômico tangível. A Reservas Votorantim é um exemplo de como a restauração pode ser integrada a estratégias de negócios sustentáveis.
Em 2024, a empresa diversificou o seu portfólio e avançou em sua jornada de inovação ao desenvolver soluções de carbono insetting, por meio de projetos de restauração ecológica, como a “Floresta MAPFRE”, iniciativa da seguradora MAPFRE com a Reservas Votorantim para recuperação de 29,42 hectares, o equivalente a aproximadamente 30 campos de futebol, de Mata Atlântica.
No âmbito dos projetos voluntários, a empresa trabalhou com a restauração de mais de155,73 hectares de Mata Atlântica no período, fruto de seis iniciativas. Os plantios foram direcionados para Unidades de Conservação do estado de São Paulo que necessitam de restauração.
Já em projetos para cumprimento de compromissos legais, a empresa auxiliou na restauração de 126 hectares.
O progresso da frente de restauração ecológica no país também pode ser reconhecido por meio da Coalizão Brasil para o Financiamento da Restauração e da Bioeconomia, lançada em 2024. Com a meta de mobilizar US$ 10 bilhões até 2030 para fomentar ações de conservação florestal e impulsionar a bioeconomia, a proposta da coalizão é acelerar a recuperação de ecossistemas, aliando proteção ambiental a oportunidades econômicas em uma agenda verde e inclusiva.
Esse movimento se alinha diretamente ao Plano de Transformação Ecológica do Brasil, que posiciona a restauração ambiental como um dos pilares do crescimento sustentável. Estimativas apontam que a adoção do plano pode elevar o PIB brasileiro em 0,4% ao ano, ao mesmo tempo em que contribui para a retirada de carbono da atmosfera.
Somadas às iniciativas já em curso, essas estratégias demonstram como a transição ecológica pode gerar valor econômico, inclusão social e resiliência climática de forma integrada.
Empresas e a restauração ecológica
Ao investir em projetos de restauração ecológica, as empresas não apenas cumprem obrigações socioambientais, mas também fortalecem a resiliência de suas cadeias produtivas e geram valor econômico tangível. A Reservas Votorantim é um exemplo de como a restauração pode ser integrada a estratégias de negócios sustentáveis.
Em 2024, a empresa diversificou o seu portfólio e avançou em sua jornada de inovação ao desenvolver soluções de carbono insetting, por meio de projetos de restauração ecológica, como a “Floresta MAPFRE”, iniciativa da seguradora MAPFRE com a Reservas Votorantim para recuperação de 29,42 hectares, o equivalente a aproximadamente 30 campos de futebol, de Mata Atlântica.
No âmbito dos projetos voluntários, a empresa trabalhou com a restauração de mais de155,73 hectares de Mata Atlântica no período, fruto de seis iniciativas. Os plantios foram direcionados para Unidades de Conservação do estado de São Paulo que necessitam de restauração.
Já em projetos para cumprimento de compromissos legais, a empresa auxiliou na restauração de 126 hectares.

A restauração ecológica representa uma alavanca estratégica para enfrentar os riscos climáticos, fortalecer a segurança ambiental e impulsionar oportunidades econômicas sustentáveis. Ao recuperar ecossistemas degradados, criamos valor ambiental e geramos retornos concretos, desde a mitigação de emissões até a valorização de ativos naturais e o fortalecimento de cadeias produtivas verdes.
Investir em restauração hoje é não apenas uma resposta às exigências ambientais contemporâneas, mas uma decisão inteligente de negócios para garantir resiliência, competitividade e legado no longo prazo.
*Thayná Agnelli é jornalista formada pela FAPCOM, tem experiência em gestão de redes sociais e é responsável pela criação de conteúdo para a Reservas Votorantim.