As áreas florestais ocupam cerca de 31% de todo o território terrestre mundial, estocam mais de um trilhão de toneladas de carbono e fornecem subsistências para mais de 1,6 milhões de pessoas.
Somente no Brasil, o Sistema Nacional de Informações Florestais (SNIF), do Serviço Florestal Brasileiro, aponta que as matas equivalem a 58,5% da extensão do país, ou seja, aproximadamente 500 milhões de hectares são cobertos por elas. Além disso, 98% do total são florestas naturais. Entretanto, mesmo com esses dados expressivos, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) revela que mais de 75% das florestas nativas já desapareceram. Daí a importância de conservar as áreas florestais restantes.
O valor da floresta em pé
Em tempos em que as discussões sobre a necessidade de buscar soluções baseadas na natureza para um futuro sustentável estão cada vez mais presentes, a Reservas Votorantim aposta no múltiplo uso do território para monetizar as áreas florestais que administra, ao mesmo tempo em que conserva e estuda esses territórios. O valor tem que ser compartilhado, e isso não fica só no discurso.
Há oito anos, a empresa alia estratégicas para desenvolvimento de negócios convencionais e da nova economia, oferecendo serviços que valorizam as matas nativas e agregam valor de mercado para as iniciativas relacionadas à sustentabilidade e aos critérios ESG (sigla inglesa que significa “ambiental, social e governança”, em português), os quais são usados para nortear boas práticas de negócios e/ou investimento de uma empresa.
Legado verdes do Cerrado (esquerda) e Legado das Águas (direita), reservas ambientais administradas pela Reservas Votorantim | Foto: Luciano Candisani
Por meio do seu modelo de atuação, a Reservas gera diferentes negócios num mesmo hectare de floresta, fomentando novas cadeias produtivas. Exemplo disso, são:
– A aposta na inter-relação entre carbono e biodiversidade para realizar pesquisas e ações voltadas para a conservação florestal, tornando-se assim uma potencializadora de estudos e metodologias inovadores;
– O auxílio na restauração florestal dos biomas em que está inserida, levando a mata nativa de volta aos centros urbanos por meio dos Centros de Biodiversidades, locais que aliam a pesquisa científica à produção de plantas nativas.
– Mapeamento da biodiversidade dos territórios que administra através da pesquisa científica, para gerar conhecimento para toda a sociedade e, com o auxílio da biotecnologia, identificar os potenciais das florestas na geração de princípios ativos para diferentes vertentes, como farmacêutica e alimentícia.
Ou seja: floresta em pé e negócios podem caminhar juntos. É possível, é o futuro.
* Thayná Agnelli é jornalista formada pela FAPCOM, tem experiência em gestão de redes sociais e é responsável pela criação de conteúdo para a Reservas Votorantim.