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Soluções baseadas na natureza: aliadas ao combate às mudanças climáticas

Legado das Águas | Foto: Luciano Candisani

Sabe aquela frase: “O que você planta hoje, colherá amanhã”? Ela traduz muito bem o mundo e suas condições atuais.

Desde 1800, as atividades humanas são as principais impulsionadoras das mudanças climáticas e, com o advento da Revolução Industrial, elas desencadearam um aumento das emissões de gases poluentes devido à queima de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás. Segundo a Organização das Nações Unidas, atualmente temos a maior concentração de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera e o planeta está 1,1ºC mais quente em comparação ao final do século XIX. Preocupante? Muito.

Segundo dados do Copernicus, o Programa de Observação da Terra da União Europeia, a média da temperatura global superou em 0,5ºC o recorde anterior, desta forma, no último mês, a Terra teve o setembro mais quente da história, ficando 1,8ºC acima dos níveis pré-industriais. E, conforme o Sexto Relatório de Avaliação (AR6), do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), existe mais de 50% de chances de a temperatura mundial alcançar e/ou ultrapassar um crescimento de 1,5ºC até 2040 e chegar a 3,2ºC até 2.100.

Legado das Águas | Foto: Luciano Candisani

Combate às mudanças climáticas

O planeta é totalmente conectado. Ou seja, alterações em uma determinada região impactam e influenciam as demais. Por exemplo, enquanto os 100 países menos emissores de GEE geram 3% das emissões totais no mundo, as dez nações mais emissoras lançam 68%, isto é, não importa a origem, todos são afetados. É um ciclo.

Mas o que fazer para mitigarmos essa situação?

Há acordos globais que orientam as nações sobre o que fazer para barrar a aceleração das mudanças climáticas. Um exemplo é o Acordo de Paris, tratado global o qual países se comprometeram em reduzir as emissões de GEE, além de manter o aumento da temperatura média mundial abaixo dos 2ºC.

Outras duas alternativas apontadas pela ONU são a adaptação aos impactos climáticos e o financiamento dos ajustes necessários. Os países em desenvolvimento, por exemplo, precisam de, ao menos, 127 bilhões de dólares anuais para se adaptarem às alterações ambientais. Até 2050, o valor sobe para 295 bilhões de dólares. Em contrapartida, os fundos de adaptação alcançaram, por exemplo, apenas 46 bilhões de dólares em 2018, ou seja, somente 8% do financiamento climático.

A solução também está na natureza

Manter as florestas em pé e gerar negócios a partir de soluções baseadas na natureza é essencial para a mitigação das mudanças climáticas. Enquanto certas espécies de animais são eficazes na dispersão de sementes, que geram novas plantas, a vegetação é fundamental em outras frentes.

A restauração ecológica, por exemplo, faz parte de compromissos globais, uma vez que é uma ótima oportunidade de fortalecimento de estratégias que visam a conservação florestal, da biodiversidade e recursos hídricos, e logo, contribuem para o controle das alterações climáticas.

Não por acaso estamos na “Década das Nações Unidas para a Restauração dos Ecossistemas”, onde há uma promessa de recuperação de 1 bilhão de hectares de terras e costas mundo afora. No Brasil, mais de 79 mil hectares já foram restaurados. Mata Atlântica e Cerrado possuem os maiores índices de áreas recuperadas. E são nesses biomas que a Reservas Votorantim atua.

A empresa, além de cultivar e comercializar plantas nativas, oferece os serviços de consultoria para elaboração de projetos técnicos de restauração florestal (PTRF) e orçamentos com o diagnóstico completo das áreas, incluindo o monitoramento do território implantado, acompanhamento da evolução dos plantios e, se necessário, da adequação à legislação.

Na Mata Atlântica, a empresa já implantou projetos de restauração em 125 hectares e possui 300 hectares já contratados. Já no Cerrado, colaborou com a recuperação de mais de 45 hectares.

Centro de Biodiversidade do Legado Verdes do Cerrado

Outra frente de trabalho que também está atrelada aos negócios baseados em soluções provenientes da natureza é o mercado de carbono, visto que, as árvores, em seus primeiros 20 anos, sequestram o dióxido de carbono (CO2), um dos principais GEE, da atmosfera e o guarda em sua biomassa ou na matéria orgânica do solo.

Além disso, no pilar bioeconômico, gerar créditos de carbono possui um valor incalculável. De acordo com dados do relatório Oportunidades para o Brasil em mercados de carbono, da ICC Brasil e Way Carbon, o Brasil tem potencial de transação de créditos de carbono estimados em 120 bilhões de dólares até 2030, sendo que a  oferta nacional poderia cobrir mais de 48% da demanda global no mercado voluntário de créditos de carbono. E o que isso significa? Florestas em pé, manutenção da biodiversidade, contensão das alterações climáticas e benefícios para todos.

Legado das Águas | Foto: Luciano Candisani

Dentro deste cenário, a Reservas Votorantim, em parceria com a ECCON Soluções Ambientais, criou a PSA Carbonflor, uma metodologia inédita de geração de créditos de carbono por meio da conservação florestal.

A iniciativa, que teve a primeira aplicação na Mata Atlântica, em áreas do Legado das Águas, busca não só proteger os 12,4% dos remanescentes de bioma no Brasil, mas também valorizar a conservação da biodiversidade e de seus recursos, gerando valor pela manutenção das florestas através da constituição e comercialização de créditos de carbono. Com isso, há uma contribuição para a saúde do planeta e de todos que nele habita.

Com este mesmo intuito, a empresa também liderou em 2022 o REDD+ Cerrado, onde obteve certificação de 11,5 mil hectares no Legado Verdes do Cerrado para emissão de 316 mil créditos de carbono.

Legado Verdes do Cerrado | Foto: Luciano Candisani

Ao abraçar, desenvolver e investir em modelos de negócios em sinergia à conservação florestal, as nações, organizações e/ou empresas fomentam a proteção dos ecossistemas e a redução das emissões de GEE na atmosfera, principais propulsoras da aceleração das mudanças climáticas. Dessa forma, abrem caminhos para um futuro mais saudável.

Thayná Agnelli é jornalista formada pela FAPCOM, tem experiência em gestão de redes sociais e é responsável pela criação de conteúdo para a Reservas Votorantim.

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